Leonor, meu amor

Diário de uma mamã cheia de dúvidas mas com muito amor para dar.

Lilypie 1st Birthday Ticker

Sunday, June 17, 2007

Coisas minhas (Post muito longo)

Já aqui referi a minha experiência de parto que foi muito, muito simples, continuada e praticamente sem intervenção médica....

Prevista para 6 de Maio, a Leonor decidiu escolher o dia de anos da avó materna, quase um mês mais cedo, para nascer. Acordei naquele dia 10 de Abril, normalmente, para ir trabalhar, vou à casa de banho e vejo que tenho as calças do pijama molhadas. A bolsa de águas tinha rebentado. Tinha chegado a hora. Dei entrada no hospital - a cerca de 40 quilometros de casa - ao meio-dia, fizeram-me a indução com soro, fiz a maior parte da dilatação sem dor e, por fim, deram-me a epidural. Depois estive na sala de partos 5 minutos e fiz força 2 vezes até a Leonor nascer, faltavam cinco minutos para as oito da noite. E eu que tanto receava o momento do parto, correu tão bem mas... o que veio a seguir foi para esquecer e arrepio-me só de me lembrar. de qualquer forma, sinto necessidade de o contar.

No hospital que escolhi para ter a minha filha as enfermeiras não abundavam em simpatia, tive muito azar na escolha que fiz...

Depois de a ter, levaram-me para a sala de recobro com ela, não me disseram nada mais, nem como agir , nem o que fazer. limitaram-se a dar-me um copo de leite e cinco bolachas e eu a morrer de fome porque estava em jejum.
Chegaram depois duas auxiliares e levaram-nos na maca li-te-ral-mente aos encontrões às paredes, portas e elevadores até à maternidade. Fiquei num quarto onde já estava outra mãe, pouco dada a conversas (soube mais tarde que estava chateada com o marido). E ali me deixaram com uma bebé muito pequenina, e eu em pânico a olhar para ela, tão pequenina, tão desprotegida, e eu a chorar sem saber o que fazer e as enfermeiras nada me disseram, nada me perguntaram. A bebé, entretanto, chorou e dei-lhe peito. Mamou pela 1.ª vez e dormiu. Entretanto as dores dos pontos que levei começaram a apertar, ouvi a outra sra a pedir um analgésico e passado um bocado pedi também para mim. Vieram-mo dar quase meia-hora depois. Entrentao chega outra recem-mama esta mais simpática e faladora. Pedi-lhe o telemóvel (o meu estava sem bateria) e enviei msgs a dizer que estava bem. Não durmi nada nesta noite, olhei para a minha filha a noite toda. Na manha seguinte, por volta das 8h30 vieram-nos dar o pequeno almoço e claro, com a fome que tinha, comi tudinho. Pedi outra vez o tlm e pedi a minha mae para me trazer COMIDA, leite, fruta, bolachas, etc... Durante o pequeno almoço, eu ainda meio abananada vejo a minha colega de quarto, a mais simpática, a desmaiar em cima de mim. Gritei o mais que pude pelas enfermeiras e ainda levei um raspanete que devia ter chamado mais alta. Ora bolas, eu também tinha acabado de ter um filho, pensei. Entretanto, nessa manha, entraram à vontade no quarto dezenas de pessoas, entre medicos, auxiliares, enfermeiras, pediatras... resultado não durmi nada.
Á tarde foi o inferno das visitas e o meu marido só chegou à hora das visitas , ele que podia entrar duas horas mais cedo, e eu sem puder ir à casa de banho lavar a cara ou os dentes. Estava com tão mau aspecto que parecia saida de um filme de terror, à volta dos meus olhos tinha manchas castanhas (olheiras profundas). Por isso, se voltar a ter outro filho, não quero lá ninguém no dia a seguir. quando terminaram as visitas não aguentei e tive uma grande crise de choro. Exigi ao meu marido que ficasse a tomar conta da bebé para ao menos poder tomar um banho como deve ser e dormir meia-hora. E assim foi. Outra das dificuldades que tinha era em vesti-la porque a roupa era toda enorme para ela.

Os outros dois dias de internamento não foram melhores. Valeu-me a amizade que fiz com uma das mães, que me foi respondendo às dúvidas e ajudando. Da parte das enfermeiras só me ensinaram a dar banho.
Foi um alívio quando sai do hospital, ao 3.º dia, embora me sentisse completamente descompensada. Em casa, os primeiros tres dias foram dificeis, ela não pegava na mama do lado esquerdo porque o mamilo estava pouco feito e tive que recorrer aos mamilos de silicone. Resolvida esta questão começou a mamar bem e alivia-me o peito que , no início, doi-me muito de tão cheio.

Dois meses depois sinto-me bem e plenamente capaz de tomar conta da minha filha. Tenho outros receios mas isso fica para um outro post porque este já vai longo.

4 Comments:

At 10:47 AM , Blogger Sofia e Beatriz said...

Bem... não tiveste muita sorte :(
É tão mau, porque depois de ter-mos as nossas bebés ficamos bastante frágeis a nível emocional e físico. É suposto as enfermeiras saberem isso!
O que vale mesmo são as outras mamãs, sempre vai dando para conversar e ir tirando dúvidas:)
Beijinhos Nossos

 
At 10:17 AM , Blogger Sónia e MI said...

:(
Devia ser sempre um momento maravilhoso. O nosso parto tb n foi dos melhores.

 
At 2:05 PM , Anonymous Anonymous said...

Olha o meu parto foi pra esquecer,nem vale a pena contar,o meu filho teve que ficar 3 dias nos cuidados intensivos e mais 7 dias até sair...mas em relação ao pessoal do hospital foram 5 estrelas,fabulosos mesmo,nisso tive sorte mas preferia não a ter tido e ter o meu filho logo comigo,enfim...

 
At 2:35 AM , Blogger Teresa said...

Realmente as enfermeiras são muito importantes, espero ter alguma sorte nesse aspecto...

 

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