As mãos da minha filha

Não são a coisa mais linda?!!!

Silhueta

É uma boa notícia para todas as mamãs que se preocupam com a silhueta: a maioria dos quilos vão todos quando nasce o bebé. Pelo menos foi o que aconteceu no meu caso. Os 7 quilos que engordei foram logo à vida, algo que constantei quando cheguei a casa, depois de 3 dias "massacrantes" de internamento que também muito contribuiram para esta dieta forçada :).
Depois, cuidar de um bebé pequeno consome-nos muita energia e como também temos outras tarefas domésticas, já foram mais dois quilso à vida, ou seja perdi 10 quilos em duas semanas e, nesta altura peso 58 quilos (o meu peso quando fiquei grávida). Claro que a barriguita ainda aqui está mas quanto a isso só há uma solução: ginástica. Haja motivação.

16 dias

Com 16 dias a minha filha:

- mama de 3h30 em 3h30
- adora tomar banho (ver foto)
- só chora para mamar e quando tem a fralda suja
- já sorri
- já reage à voz dos pais
- pesa 3980 kg
- é um doce de bebé

Experiência

Coisas que só descobri depois de ser mamã e enquanto estava internada:

- Levem roupa prática para vestir e tamanho zero (eu tinha que a vestir sozinha e a roupa ficava-lhe a nadar por ela ser tão pequenina). Lá me desenrasquei.

- Levem muitos toalhetes e fraldas descartáveis e de pano (depois de cada mamada, muda-se a fralda)

- Preparem-se para não dormir. É um entra e sai de gente do vosso quarto, e mesmo que a vossa bebé não chore há sempre outros bebés que o fazem, a noite toda. Outra coisa que me impressionou é que ninguém respeita o facto de estares a dar mama ao bebé e por mais que nos custe temos que interromper a mamada cada vez que nos querem desinfectar os pontos, mudar os lencóis da cama, examinar, ver o bebé etc, etc.., etc... é aflitivo para uma recém - mamã ver o bebé com fome e não puder saciá-lo.


- Não se esqueçam do carregador do telemóvel (eu fiquei sem bateria e não pude comunicar comunicar com ninguém até à hora da visita do dia a seguir)

- Levem pelo menos um pacote de bolachas na vossa mala (na maternidade serviam refeições mínimas (tipo copo de leite e cinco bolachinhas) e nunca a horas certas, valeu-me a minha mãe e a minha sogra que foram às compras e abasteceram-me a mesa de cabeceira com fruta, leite e outra comida, caso contrário passava fome)

- Façam amizades com as outras mamãs que estão no vosso quarto. Elas podem ser a vossa preciosa ajuda e são elas que tomam conta do vosso bebé quando precisamos de ir à casa de banho ou tomar um duche de 2 minutos. Eu tive sorte porque no meu quarto estavam duas mamãs que já tinham filhos anteriormente e ajudaram-me bastante porque as enfermeiras não nos ligavam nenhuma.

- No primeiro dia só deviam ir visitar à materinidade os avós da bebé. Tentem convencer as outras pessoas da família a visitar-vos só no segundo dia. A minha família e a do meu marido apareceu lá toda no dia a seguir ao parto, estava eu cheia de dores dos pontos e sem ter dormido nada. Foi muito difícil dar atenção a tanta gente e, depois de sairem, não me consegui controlar e tive um ataque de choro.

- O pai tem direito a 5 dias pelo nascimento e a tirar mais 15 dias exactamente depois(Licença parental - informem-se na Segurança Social). No trabalho do meu marido desconheciam esta lei mas ela existe. E ele dá-me muito jeito nestes primeiros tempos.

O milagre da vida - 10 de Abril

O nascimento da minha filha vai ficar, para sempre, relacionado com uma coincidência extraordinariamente bonita e emocionante. As lágrimas ainda me correm pela cara quando me lembro disto ou partilho esta história (muito intíma) com alguém.
A Leonor nasceu pouco menos de um mês antes do previsto e precisamente no dia 10 de Abril, dia de anos da minha mãe (avó materna). Ora, sucede que a minha mãe nunca, em toda a vida, celebrou o seu aniversário isto porque o pai dela faleceu de ataque cardíaco/comoção no dia em que ela nasceu (10-04-1950) enquanto aguardava pelo seu nascimento.
Como que num milagre muito bonito, a vida deu à minha mãe uma segunda oportunidade de serenar a mágoa que esta data lhe causava e até talvez de, 57 anos depois,começar as festejar os anos juntamente com aprimeira neta.
Obrigada filha, do fundo do coração, por teres dado esta felicidade à minha mãe e tua vovó.

Na foto, a Leonor com 10 dias

O parto

Olá. Dei uma escapadela ao posto de internet perto de minha casa (não tenho net em casa) porque faço questão de escrever um post sobre o meu parto para que as futuras mamãs também saibam que é possível existirem mulheres que, sendo abençoadas como fui (algum anjo olhou por mim neste dia), tiveram um parto praticamente sem dores.

A bolsa de àguas rebentou às 09h15 de dia 10 de Abril, um mês antes do previsto. As àguas foram caindo aos poucos, contrariamente ao que pensava, e nessa altura ainda não tinha dores.
Telefonei ao meu marido, decidimos para onde ir e cheguei ao hospital às 12h para ser examinada. O médico disse-me que ia ter o bebe ainda neste dia e que era prematura.
Fui internada a soro numa sala e ali estive sem grandes dores até às 15h, altura em que começaram as primeiras moinhas. Pensava que não tinha evoluido nada mas o médico veio ver-me e já tinha feito 3 dedos de dilatação.
Passei para a sala de dilatação e aí estive até cerca das 17h30, com algumas dores semelhantes às dores de período menstrual. As contrações começaram a ser mais intensas e regulares e, quando estavam intervaladas de cinco em cinco minutos, veio o anestesista perguntar-me se queria levar a epidural ao que disse sim.
Por volta das 19h30 desligaram-me a epidural e passei para a sala de partos às 19h50, acompanhada do meu marido que não teve coragem de deixar-me. Cinco minutos depois nascia a minha menina.
Fiz outra vez força para sair a placenta e depois fui cosida (levei 3/4 pontos e aí é que dói um bocadinho, confesso.
Em relação ao internamento e à fase pós-parto, a conversa foi outra e confesso que foram três dias absolutamente horríveis, sem apoio nenhum por parte das enfermeiras. Valeram-me as outras mamãs que estavam no quarto comigo. Não se pode querer tudo, não é?

Tivemos alta na sexta-feira, para meu grande alívio.

Com este testemunho espero poder dar coragem a outras mamãs e só lhes desejo a hora pequenina que tive.

1.º dia

Leonor, Meu Amor

A Leonor nasceu no dia 10 de Abril de 2007, pelas 19h55, pequenina (36 semanas) mas muito perfeitinha. Tinha 2,560 kg e 46,5 cm. Um parto normal e muito fácil, na sequência da rotura de bolsa de àgua e que teve ajuda de epidural. Depois damos mais novidades. Beijos para todas e obrigada do fundo do coração por compartilharem estes oito meses de emoções.

Alguns miminhos

Gosto, em particular, da mini-saia :)

10 coisas que tenho que fazer antes de ser mamã:

1) Tratar do IRS antes que tenha que pagar multa (o prazo é até 15 de Abril)
2) Abastecer a despensa e rechear o frigorífico (já me disseram que nos primeiros tempos não vou ter paciência para compras)
3) Limpar o carro como deve ser (ou melhor, mandar limpar)
4) Pôr cortinados no quarto da Nô (ou melhor, mandar pôr)
5) Praticar os exercícios de respiração que aprendi no curso de p. parto
6) Passar os n.º de telefone das amigas para uma agenda
7) Inscrever a bebé na creche familiar mais próxima de casa
8) Arranjar um cantinho especial lá em casa para confortavelmente dar de mamar
9) Aproveitar para dormir muito e namorar ainda mais
10)Aproveitar ao máximo os últimos dias da barriguinha

E, como avisa a barra lá de cima, "only 29 days to go"

35 Semanas

E às 35 semanas:

- 68 quilos (mais 8 desde o início da gravidez)
- Já não sinto tantos pontapés (comecei a fazer o registo diário dos movimentos)
- Tenho insónias e continuam as noites muito mal dormidas
- Na minha cara aparecem manchas e borbulhas todos os dias (apesar de cuidar bem da pele, desisti de lutar contra as hormonas)
- Comecei a aplicar Gretalvite nos mamilos (cheira muito mal e é muito gorduroso mas dizem que é bom e se começar a aplicar já previne a formação de gretas no futuro)
- Continua a azia (especialmente à noite, viva o Kompensan)
- Continuo a trabalhar, embora com horário mais reduzido de manhã
- Ainda conduzo
- Já não tomo banho de imersão
- Já não consigo virar-me sozinha na cama
- Já me sinto mais segura em relação a cuidar da bebé (o curso de preparação para o parto tem sido muito produtivo)
- E cada vez mais sonho com o dia em que ela vai nascer...

Coração de mãe

Ultimamente já não a tenho sentido a mexer tanto. Dizem-me que a redução dos movimentos fetais é normal nesta última fase mas coração de mãe não entende essas coisas. E se antes me queixava de levar valentes pontapés a toda a hora, agora queixo-me de não os levar mais vezes. Ai...

Constipada

A pouco tempo de ser mãe eis que, devido a este tempo com laivos esquizofrénicos (num dia faz calor, no outro chove granizo) apanho uma valente constipação que até me provoca vómitos. Tadinha da minha filhota que até se assusta com os meus espirros. Só espero que passe com mel e chá de limão... e que passe depressa, antes que ela decida vir.

Coisas que fui ouvindo ao longo da gravidez

Eis a lista de "conselhos" e "ditos populares" que fui ouvindo ao longo de quase 9 meses de gravidez (uns acatei, outros nem por isso):

- Não use cintos com fivelas (a criança nasce com a cara manchada)
- Não use camisas com botões (a criança nasce com sinais)
- Não ponha o telemóvel no bolso das calças, perto da barriga (pode fazer mal ao bebé)
- Não use fios compridos (a criança nasce com sinais)
- Não use cinta (fica a barriga muito apertada)
- Quando ela nascer, limpar a cara com uma fralda com xixi da menina para tirar o pano
- Já está com os lábios mais inchados (sinal de que o parto está próximo)
- Não fazer a cama antes dela nascer...

E as outras mamãs, o que acrescentam, pela vossa experiência?