Desabafo (post longo)

Apesar de ainda estar a trabalhar tive que abrandar muito o ritmo e repousar mais nos últimos dois dias devido às contracções/dores tipo cólicas menstruais que tenho vindo a sentir ultimamente. A enfermeira confirmou-me, após a descrição dos sintomas, que eram realmente contracções e aconselhou-me a fazer a respiração e a descansar.
Tenho dormido mais horas de manhã e evitado fazer grandes esforços e estou, realmente, a sentir algumas melhoras.
Não tendo net em casa, não se admirem as mamãs ou futuras mamãs, que fazem o favor de vir visitar este cantinho, se não der notícias com tanta regularidade a partir de agora.
Este blog é um projecto muito individual pelo que não tenho ninguém que venha aqui por notícias, caso a Nô decida vir mais cedo para perto dos papás. De qualquer modo, vou tentar, até poder, dar notícias. Se estiver mais de uma semana sem o fazer é porque, decerto, já tenho a minha filhota comigo.
Quero agradecer, desde já, a todas vós que não conheço pessoalmente mas que, de uma forma ou outra, já me ajudaram mais do que muita gente à minha volta. As vossas palavras de incentivo, força, os vossos conselhos e os vossos blogs foram uma ajuda preciosa para alguém que não esperava ser ainda mãe mas que agora sente que já não conseguia viver de outra maneira. Obrigada.

As primeiras dores

Foi esta noite que senti aquilo que penso serem já as primeiras contracções. Umas dores em tudo semelhantes às cólicas menstruais, na região do baixo ventre, e que se repetiam de hora a hora. Falta um mês, e até acho que ainda é cedo para sentir contracções, mas o facto de se repetirem de hora a hora não me deixa dúvidas. De qualquer forma, esta tarde, vou falar com a enfermeira do curso de preparação para o parto.

Música para bebés

Já ouvi dizer que os bebés gostam muito de música e por isso providenciei uns quantos cd's para pôr a tocar no quartinho da Leonor quando ela estiver mais agitada ou a chorar. Hoje deu-me para ir ouvir algumas faixas e... desatei logo a chorar, emocionada com aquelas musiquinhas e vozinhas de bebés. Mas porque raio quando estamos grávidas somos tão sensíveis?!!!

Noites mal dormidas

São assim, as minhas noites, ultimamente. A dormir às prestações, a ir à casa-de-banho de hora a hora, a mexer, virar, rebolar, a acordar o papá que felizmente não reclama da agitação (também era melhor) e que a única coisa que me pergunta é se está tudo bem... O pior é que quando o despertador toca às oito para eu ir trabalhar. Vai ser um mês longo, este Abril :)

Barriguita às 33 semanas

E às 33 semanas:

- 67 quilos
- apetite fraco/moderado
- azia, muita azia
- muitos pontapés, seja dia seja noite
- olheiras até ao pescoço
- manchas escuras na face (pano)
- uma estria na barriga (upsss, nem com o barral fui lá)
- sede, muita sede
- 2 a 3 idas nocturnas ao wc
- dificuldade extrema em calçar-me/descalçar-me
- ansiedade

8 meses de ti (Post muito longo)

Filha,
Já são 8 os meses que te tenho a crescer dentro de mim.
8 meses de mudanças, transformações, descobertas, sustos, nervos mas muita felicidade.
Tudo começou a 9 de Setembro quando, pelas 16h30, olhei para aquelas duas risquinhas cor-de-rosa. Confesso que disse 10 vezes "não acredito" e fiquei a tremer da cabeça aos pés. Respirei fundo, li outra vez as explicações do folheto que vinha junto ao teste e, novamente, encarei as duas risquinhas cor-de-rosa. Depois meti-me no carro e fui esperar que o pai saísse do trabalho, coisa que nunca tinha feito. Ele desconfiou logo assim que me viu e foi a chorar (de emoção) que lhe contei. Ficou super-feliz. Decidimos ir para uma esplanada para acalmar os ânimos e pensar no que havíamos de fazer a seguir. Ainda não tinha saido do carro já estava ele a contar a novidade ao pai, ao telemóvel. Á mãe fomos contar pessoalmente. Depois foi a vez dos meus. Um dia muito longo que acabou co uma grande festa num dos restaurantes da cidade. E eu, ali, sem saber muito bem o que me tinha acontecido.
No outro dia, repeti o teste, e confirmou-se.
Os 3 primeiros meses foram de alguns enjoos e muita azia. Perdi 4 quilos, só conseguia comer sopa e laranjas. Depois fui recuperando, a barriguita foi crescendo, começaram as análises, as consultas regulares, os conselhos de outras mamãs...
Em finais de Dezembro o médico deu-me a certeza que eras uma menina. Ficámos felizes por ter uma bonequinha, tal como ficávamos se fosse um menino.
O segundo trismestre foi normal, a barriga a crescer muito (sempre tive uma barriga muito grande), o médico a dizer que ias ser grande. Em janeiro, o stress do casamento dos papás, mas tudo passou e a felicidade consolidou-se.

Agora que falta apenas um mês para te conhecermos a ansiedade vem chegando devagarinho e todas as noites te imaginamos nos nossos braços. Tu, a sementinha do nosso amor, que já amamos mais do que todas as coisas no mundo. Cá te aguardamos, Leonor.

Alívio

Felizmente que as análises da diabetes deram valores dentro do normal, apesar do médico me ter avisado que devo ter cuidado.
Ultimamente, o único problema é mesmo encontrar posição para me deitar, dado ela mexer-se muito e eu ter medo de ficar em cima dela. Sei que está protegida mas mesmo assim custa-me deitar de um lado e sentir que os pezitos dela estão por baixo.

Dose quádrupla de análises

Confesso que ainda estou um pouco abananada depois de passar uma manhã inteira a tirar sangue por causa das análises dos "diabretes" gravídicos. Fui picada seis vezes (duas picadelas não surtiram efeito porque as minhas veias são escorregadias) e tive que aguentar uma manhã inteira sem comer. Saí do hospital quase a desfalecer e aliviada por ter terminado o suplício. Depois de comer alguma coisa fui dormir uma sesta. Sei que os diabetes não passam para a minha menina e fico muito mais descansada por isso.
Amanhã já sei o resultado das análises. Espero que seja negativo.

P.S - A Luisa já nasceu.

Consulta

Ontem fomos à consulta das 32 semanas. O médico disse-me que a Nô está com percentil acima de 50 o que quer dizer, acima da média. Mas está tudo bem com ela. Não mencionando a cesariana disse que me queria preparar para o pior e o melhor (ou seja, quanto maior ela for mais difícil será o parto).
Entretanto, e para mal dos meus pecados, os resultados das analises deram um valor elevado na glicose e lá vou ter eu que "ir ao castigo" e fazer a análise de beber, pela terceira vez, aquela mistela superdoce, tirar sangue, beber outra vez, tirar sangue outra vez, isto num total de 4 horas fechada no laboratório de análises.
Outro aspecto que esclareci tem a ver com a gestação: para o médico, 8 meses são 34 semanas, como já me tinha dito a Filipa. Ou seja, falta-me uma semana para os 8 meses. Vou entrar na recta final.

Barriguitas às 32 semanas

Eis a minha barriguita de 8 meses/32 semanas (Juro que continuou sem entender as contas, dado que para o nascimento (6 de Maio) ainda falta um mês e meio).
Nota-se bem que já está mais descaída. Também sinto a minha bebé a mexer muito, ao longo de todo o dia. Já se torna difícil arranjar posição para dormir e, muitas vezes, sou vencida pelo cansaço. Hoje acordei com a barriga com dois altos de cada lado :). É a minha boneca a tentar arranjar espaço, não é?

O autocolante

Hoje comprei algo que há 1 ano era impensável para mim. Normalmente, quando via este autocolante nos carros redobrava a atenção. Espero que façam o mesmo comigo...

Cara de grávida

É uma expressão que tenho ouvido frequentemente de há alguns dias a esta parte: "Estás mesmo com cara de grávida" que é como quem diz "não estás lá com muito boa cara". Foi a primeira vez que me aconteceu, aos sete meses e meio de gestação. Apareceram-me umas manchas castanhas na face, queixo e por baixo dos olhos. Será que é o tão falado "pano"?. Também não me vou dar ao trabalho de disfarçar com cremes ou bases. Estou grávida e com muito orgulho, prontos!

Cesariana?

Já assentei mais as ideias desde que fiz a ecografia de ontem e, principalmente, já entendi o que o médico quis dizer com a expressão de que a minha bebé estava um bocadinho redondinha demais (nota: não sou eu que estou redondinha, pelo contrário, até me dizem que estou magra demais para uma grávida de quase oito meses).
Penso que, de certa forma (e à maneira dos médicos) me estava a preparar para a possibilidade de eu ter que fazer cesariana, dado eu ser pequenina e a minha Leonor estar a revelar-se uma matulona (a minha barriga enorme para 7 meses já me fazia suspeitar isso). Como não posso pôr a minha filha a dieta se tiver que passar pela cesariana que assim seja. Eu quero é que ela venha bem, sem problemas.

Redondinha?!!!!

E pronto. Lá fomos fazer a ecografia obstétrica dos sete meses. Acho sempre que os médicos são muito vagos e parecem que têm medo de falar com os futuros pais. Só depois de perguntar é que me disse que estava tudo bem com a bébe. Acrescentou depois um: "está só um bocadinho redondinha" ... e eu e o meu marido marido espantados a olhar um para o outro aflitos, sem saber muito bem o que raio ele quis dizer com isso... Depois lá entendemos que seria "gordinha" porque me perguntou se eu tinha aumentado muitos quilos o que até não é o caso porque continuou com 64 quilos (engordei 5 quilos desde o início da gravidez).
Como não é o meu médico - apenas faz as ecografias - não quis adiantar mais. Mas palavra que para a semana quando for à consulta com o meu médico vou fazer as perguntas todas a que tenho direito e tirar todos os macaquinhos da cabeça. Amo-te muito, filhotinha.

Ecografia das 32 semanas

Hoje à tarde vou ver a minha menina. Que ansiedade. Depois conto como correu!

Então, está quase?

"Então, está quase, não?"... é a frase que ultimamente mais tenho ouvido dado o tamanho do meu barrigão de 7 meses e meio. Desde a rapariga da caixa do supermercado até à vizinha que me encontra ocasionalmente no elevador... a pergunta é sempre a mesma e é feita várias vezes ao dia, por conhecidos e desconhecidos. O episódio mais caricato foi ontem, quando um polícia me perguntou se queria que chamasse uma ambulância porque me viu a parar em cima do passeio e ligar os 4 piscas, isto porque ela me estava a dar uns valentes pontapés. Sei que a sua intenção inicial - no vigor do cumprimento da sua nobre missão - era a de me passar um raspanete ou até multar, dado que estava em transgressão - intenção que desistiu assim que me viu a fazer festas na barriga, lol.
Voltando ao assunto inicial, no início ainda me dava ao trabalho de responder que "não, é só para o final de Abril" mas depois quando olhava para o ar de espanto das pessoas como que a pensarem que estou gravida há mais de dez meses desisti. Agora limito-me a sorrir e acenar que sim com a cabeça.

POST SCRIPTUM - Recado para a Leonor: Querida fiha, não ligues à falta de paciência da mamã e deixa-te estar aí no quentinho pelo menos mais umas semanitas valentes, ok? Quero que saias bem forte e constituída, combinado?

Saliva

Eu já tinha lido em qualquer sítio isto e agora confirmo: as grávidas salivam muito, especialmente nos primeiros e últimos meses de gestação. Não é dos sintomas piores apesar de ser bastante incomodativo. Por isso, ultimamente tenho que dormir com os lenços de papel ao meu lado. Já me disseram que rebuçados de menta também ajudam a combater o problema. A definição técnica vem a seguir:

Ptialismo É o aumento de secreção de saliva. Durante a gravidez, além de uma produção excessiva de saliva também existe uma grande dificuldade em degluti-la. Esta situação, que pode aparecer logo desde os primeiros dias, está frequentemente associada com náuseas e vómitos e em algumas mulheres, mantem-se durante quase toda a gravidez. A terapia e as normas dietéticas, são as mesmas que se aplicam para as náuseas e os vómitos.

P.s - Entretanto, a tosse já passou.

Dentro de mim

Eu que, confesso, nunca ter sentido grande vocação para ser mãe ( as mamãs mais atentas deste blog sabem que foi uma gravidez não planeada) sinto aos 7 meses de gravidez uma avalanche de sentimentos, um turbilhão de emoções dentro de mim.
A Leonor decidiu vir numa altura em que estava a viver com o papá dela há apenas 3 meses e numa altura em que me estava a conseguir lançar profissionalmente numa profissão que me realizava (e realiza, apesar de me sentir muito diminuida neste momento).

Apesar do choque inicial, e depois da reacção de felicidade por parte do pai e avós, fiquei muito feliz com o facto de ser mamã.

Mas com o aproximar do momento em que vou, pela primeira vez, ser mãe, o medo percorre-me a espinha. Não o do momento do parto, tampouco o da dor das contracções ou do pré-parto. É o outro medo, mais profundo, que agora vos descrevo, com um nó na garganta:

- o de não saber cuidar da bebé como deve ser, dada a inexperiência que tenho
- o de não conseguir entender porque chora
- o de não conseguir entender porque choro
- o de deixar de ser filha (e sei que ainda sou a pequenina da minha mãe) para passar a ser mãe de uma pequenina
- o de não saber cozinhar as sopinhas para ela (sou um desastre na cozinha, confesso)
- o de não saber ser mãe e esposa ao mesmo tempo (alguma há-de ficar para trás)


A única certeza que tenho é o amor que já sinto por ela. Mas será o amor suficiente? O que fazer quando estiver com ela sozinha? Será que vou saber amamentá-la, dar-lhe o banhinho, vesti-la sem a magoar? Filha, amo-te. Desculpa.